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Peixe-boi foi encontrado nadando sozinho na encosta do rio Solimões.

Editoria: Vininha F. Carvalho 26/03/2010

O animal foi capturado há duas semanas por fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Coari e abrigado no Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Inpa, ontem, 22

O filhote é um macho, pesa 13 quilos, mede 95,5 centímetros e tem aproximadamente um mês de vida. O exemplar foi encontrado por ribeirinhos da comunidade do Rio Sara, distante 20 minutos por via fluvial de Coari, município do interior do Amazonas, longe 363 quilômetros de barco da capital amazonense.

Segundo o fiscal de meio ambiente de Coari, Wagner Moreira, o peixe-boi foi encontrado nadando sozinho na encosta do rio Solimões.

“Os moradores encontraram o animal, colocaram-no em uma piscina e ligaram para a Secretaria. Fomos buscá-lo e trouxemos o animal para ser tratado no Inpa”.

O animal chegou ao Laboratório de Mamíferos Aquáticos – LMA do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa/MCT, às 17h30 de ontem, 22. O filhote, ainda sem nome, foi submetido, pela equipe Amiga do Peixe-boi, a exames físicos e médicos de rotina e depois amamentado.

“O filhote é recém-nascido, porque ainda nem trocou de pele, está saudável e se adaptando bem”, comenta a bióloga e coordenadora do núcleo de Educação Ambiental da Associação Amigos do Peixe-boi - Ampa/LMA, Gália Mattos.

O peixe-boi foi colocado em um tanque junto com outro filhote para facilitar sua adaptação à vida em cativeiro, como explica o veterinário da Ampa/LMA, Anselmo D’Affonseca.

“Antigamente, colocávamos os animais, que eram trazidos para o Laboratório, isolados; porque tínhamos receio que esse animal contaminasse os demais com uma possível infecção. Mas, percebemos, nos últimos cinco anos, que os filhotes estavam morrendo por conta do estresses. Então, optamos por colocá-los junto com outros exemplares para reduzir o estresses e ajudar na adaptação à vida em cativeiro”, conta.

Esse é o quinto filhote de peixe-boi apreendido pela Secretaria de Coari e encaminhado ao LMA, desses, três, foi esse ano. “Só em 2009, nove filhotes foram trazidos pro Laboratório. Esse número foi recorde. Acreditamos que esse crescimento se deva a dois fatores. A primeira possibilidade é que as pessoas podem estar mais conscientes sobre a preservação do peixe-boi e aí estão trazendo os animais aqui pra nós. A segunda hipótese é o aumento da caça, uma vez que as mães são capturadas, o número de filhotes órfãos aumenta”, ressalta o pesquisador da Ampa/LMA, Diogo Souza.

Com o novo filhote, os tanques de peixe-boi do LMA abrigam 44 animais. O peixe-boi tem sido alvo de estudos por mais de 35 anos, pelo Inpa, e há quase 10, com a criação da ONG, é protegido pelos Amigos do Peixe-boi da Amazônia.

Fonte: INPA