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Espécies oceânicas poderão ter cotas reduzidas

Editoria: Vininha F. Carvalho 12/11/2009

Um clima tenso marcou ontem a reunião dos 500 delegados que participaram da ICCAT, Comissão Internacional para Conservação e Exploração do Atum do Atlântico. Representantes de governos de 50 países, reunidos em Porto de Galinhas, estão divididos entre as opções de redução de cotas de captura para algumas espécies, inclusão na lista da CITES (lista de extinção) e permanência dos atuais limites.

Os grandes debates giram em torno das espécies espadarte, pescada pelo Brasil, e do atum azul, muito consumida pelos japoneses. No primeiro caso, será votada a redução de 15 para 12mil toneladas, o que diminuiria também a cota brasileira.

“Hoje, estamos pescando 3800 toneladas de espadarte, abaixo da cota permitida de 4.720”, explica o presidente da ICCAT, professor Fábio Hazin. Mesmo assim, continuou ele, o Brasil deixaria de pescar cerca de 300 toneladas em caso de aprovação da medida.

Já sobre o atum azul, a proposta é de redução da cota de 22 mil para 15 mil toneladas do peixe. Enquanto o Brasil se posiciona favoravelmente, numa perspectiva de gestão dos recursos existentes, ambientalistas pedem a inclusão na lista da CITES. A perspectiva é de que até à noite os países entrem em consenso sobre essas questões.

Maior proteção às aves:

Pela parte da manhã, o Brasil apresentou proposta conjunta com o Uruguai e África do Sul para definir medidas que impeçam a captura indevida de aves presas acidentalmente nos anzóis durante a pesa oceânica. Estima-se que 10 mil aves morram anualmente nos espinhéis de pescarias em todo mundo.

De acordo com a proposta brasileira, o uso de Toriline, tipo de espantalho marinho, aumentaria a proteção das aves, principalmente albatrozes e pétreis. Outras sugestões apresentadas são a pesca noturna ou o uso de pesos nas linhas para aumentar a velocidade de submersão dos anzóis evitando que as iscas fiquem visíveis para as aves.

Se aprovada, a proposta deverá ser adotada por todos os países que praticam a pesca oceânica. No Brasil, as pesquisas para aprimorar tais métodos são desenvolvidas pelo Projeto Albatroz com apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura, Meio Ambiente, Petrobras e BirdLife Internacional.


Fonte: Paula Garcia /Ministério da Pesca e Aquicultura