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Tratamento adequado para a diabetes animal elimina os sintomas clínicos

Editoria: Vininha F. Carvalho 17/07/2009

A diabetes é uma doença cada vez mais comum entre seres humanos, principalmente devido à má alimentação e à falta de atividade física regular. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 214 milhões portadores do problema no país e a cada três segundos mais uma pessoa descobre que é portadora da doença. No entanto, engana-se quem pensa que os animais estão livres da diabetes.

Existem dois tipos de diabetes, a diabetes mellitus, que é a causa mais comum nos humanos e animais, e a diabetes insipidus, muito mais rara. A diabetes mellitus consiste na ausência absoluta ou relativa da produção de insulina, hormônio responsável pela regulação do nível de glicose no sangue.

A qualidade de vida dos animais de estimação cresceu, o que influencia diretamente no aumento do tempo de vida saudável dos pets. Contudo, a diabetes canina nem sempre é causada pela alimentação e/ou obesidade, assim como em humanos, a doença pode ter fundo genético. Uso de drogas (medicamentos) e doenças ligadas à regulação da glicemia, como a pancreatite, também podem causar o problema.

Os sintomas da doença só aparecem quando o aumento de glicose no sangue resulta em eliminação de açúcar pela urina. Normalmente, há uma combinação de fatores, entre eles o aumento do volume da urina, maior ingestão de água, mais apetite e perda de peso.

Sendo assim, observe sempre a quantidade de alimento que seu animal de estimação come. Se mesmo com uma boa nutrição ele tem perdido peso, o ideal é levá-lo ao veterinário para uma avaliação. Existe tratamento para a diabetes animal.

A primeira providência depois do diagnóstico é instituir uma terapia dietética para baixar o peso do animal, com grande quantidade de fibras para diminuir a absorção de glicose no intestino.

No caso de cães e gatos, é essencial a administração de insulina junto à dieta hipocalórica. Hoje em dia, já existem rações específicas para animais diabéticos, com preço acessível e vendidas na maioria dos pet shops.

Há também o risco de catarata. A doença é um sinal que também aparece de forma rápida, já que o cristalino é permeável à glicose. É possível eliminar os sintomas clínicos, prevenir as complicações e manter a glicemia em níveis aceitáveis com um tratamento adequado. Estimular que o animal seja ativo fisicamente, também pode reduzir a necessidade de insulina.

Assim como nos humanos, a insulina em animais também precisa ser administrada diariamente, normalmente em duas doses, com aplicação subcutânea que pode ser realizada em casa, pelo próprio dono. No início do tratamento deve-se realizar um monitoramento do nível de açúcar no sangue para evitar a hipoglicemia.

A cada avaliação, será levada em conta a observação do proprietário sobre a ingestão de água, o volume urinário e a saúde geral do animal.

O controle é atingido quando os sinais clínicos do diabetes forem resolvidos, o animal for saudável e interativo, seu peso corpóreo e taxas de glicose estáveis. Cerca de 20% dos gatos com a doença tornam-se "diabéticos transitórios" e podem descontinuar o tratamento.




Fonte: Fernanda Malatesta-médica - veterinária pós-graduada em Clinica de cães e gatos