Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

Lançado o Planejamento Estratégico Integrado dos projetos de biodiversidade marinha e anunciaram a recuperação das espécies

Editoria: Vininha F. Carvalho 06/12/2007

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciaram ontem (5/11), quarta-feira, às 10h, na sede do projeto Tamar, na Praia do Forte (BA), o Planejamento Estratégico Integrado dos cinco projetos de conservação da biodiversidade marinha patrocinados pela Petrobras - Tamar, Peixe-Boi Marinho, Baleia Jubarte, Baleia Franca e Golfinho Rotador.

No evento, o presidente e a ministra realizaram a soltura simbólica do filhote de tartaruga que soma 9 milhões. O número é a quantidade de tartarugas procriadas nas áreas atendidas pelo projeto Tamar em 27 anos de atividade. Ocorreram ainda solturas de outros filhotes, além de tartarugas adultas.

Estiveram presentes o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e presidente interino do Instituto Chico Mendes, João Paulo Capobianco, e representantes dos cinco projetos patrocinados, além de e municipais.

O Coordenador Nacional do projeto Tamar, Guy Marcovaldi, anunciou que pela primeira vez em quase 30 anos três espécies das cinco que habitam a costa brasileira começaram a ter recuperação em suas populações.

Tendo como base monitoramento realizado pelo projeto no período de 1991 a 2006, os dados do Tamar mostram que a tartaruga da espécie Pente, característica da Bahia, teve aumento de sete vezes em sua população, passando de 199 ninhos para 1.345 nos 15 anos analisados.

Já a tartaruga Cabeçuda, que habita a costa da Bahia, do Espírito Santo e de Sergipe, teve aumento de 5 vezes, passando de 1.200 ninhos para mais de seis mil. A Tartaruga Oliva, que habita as águas de Sergipe, aumentou o número de espécimes em 15 vezes. "Esses números são extraordinários", afirmou Guy.

O presidente da Petrobras afirmou que o "apoio absoluto" da empresa aos cinco projetos de biodiversidade marinha reflete a importância do conhecimento sobre as espécies animais, de modo a minimizar os impactos ambientais. Ele reconheceu que a indústria do petróleo tem impactos "significativos" sobre a natureza, mas que é preciso eliminá-los "ao limite". "Saber articular os diversos agentes sociais, conhecendo o máximo possível os impactos, este é o desafio", afirmou.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o país passa por um período de transição, no qual os combustíveis fósseis tendem a ser substituídos por fontes de energia renováveis.

Segundo ela, a preservação ao meio ambiente é compatível com o desenvolvimento econômico, mas levando-se em conta o custo/benefício.

"Não podemos sacrificar recursos de milhares e milhares de anos pelo lucro de apenas algumas décadas", afirmou.

Em coletiva de imprensa, o Gerente de Comunicação Institucional da Petrobras, destacou que as ações ambientais deixaram de acontecer de maneira isolada e hoje são incorporadas às políticas de governo.

"Virou institucional, agora é de todos". Para o Gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Ricardo Azevedo, o Planejamento Estratégico irá reunir informações que irão "balizar o desenvolvimento de nossas atividades de maneira sustentável".

A diretora da Fundação Mamíferos Aquáticos, Denise Castro, afirmou que os resultados dos projetos irão servir de base para uma política de conservação da região costeira do Brasil. "Os resultados dos projetos irão se somar em uma estratégia maior", afirmou.

O coordenador de espécimes ameaçadas do Instituto Chico Mendes, Ricardo Soavinski, disse que o Planejamento Integrado irá contribuir com mais subsídios para a implementação de Unidades de Conservação em áreas costeiras, ilhas e em mar aberto.

Planejamento:

O Planejamento Integrado tem como objetivo contribuir para oferecer aos projetos uma dimensão estratégica e uma estabilidade ainda maior de forma a obter excelência em gestão dos projetos de biodiversidade marinha.

Ao longo dos trabalhos desenvolvidos por cada entidade, foram identificadas pela Petrobras oportunidades de ação conjunta e de cooperação institucional, o que resultaria na otimização de esforços.

Assim, a Petrobras, o Ministério do Meio Ambiente, através do Instituto Chico Mendes, e as instituições executoras dos projetos elaboraram um Planejamento Estratégico Integrado, desenvolvido para um período de cinco anos, com detalhamento para os primeiros três anos, a partir de cenários construídos para 10 anos.

O Planejamento aborda duas dimensões: uma é o desenvolvimento de linhas de atuação conjunta; a outra é o trabalho de forma especializada e individualizada, considerando o objetivo geral que permeia todos os projetos: o de evitar a extinção de espécies ameaçadas e o incentivo à participação comunitária, indispensável à sustentabilidade das ações dedicadas ao meio ambiente.

Fonte: Gerência de Imprensa de Petrobras