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Botucatu (SP) vai implantar chip em animais para evitar os maus tratos.

Editoria: Vininha F. Carvalho 28/12/2006

Para garantir que os animais doados pelo Canil Municipal
não sejam maltratados, a Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) de Botucatu (100 quilômetros de Bauru) vai passar a implantar, no próximo ano, um microchip no corpo dos animais que serão monitorados via-rádio. A prefeitura do município será a primeira no interior a usar a tecnologia.

De acordo com o médico veterinário Cassiano Victória, da equipe da VSA, a implantação do chip vai trazer várias vantagens. "Vamos poder identificar o animal e devolvê-lo ao dono se, por ventura, ele se perder.

Algumas clínicas veterinárias também vão dar descontos para animais "chipados". Em campanhas de vacinação anti-rábica, também pode-se agilizar o tempo de atendimento porque os animais que estão "chipados" já estão cadastrados e não será preciso preencher todos os dados novamente", aponta o veterinário.

A idéia é que, no futuro, todos os animais do município tenham o chip em seus corpos. No entanto, entre todas as vantagens, o objetivo principal, em princípio, é evitar os maltratos dos animais pelos seus futuros proprietários após a adoção.

"Dessa forma, os animais que serão doados e castrados através do Canil Municipal já terão a sua identificação. Esse processo deverá ter início na segunda quinzena de janeiro", revela André Peres, coordenador da VSA.

Em cerimônia realizada no último dia 22, a prefeitura recebeu
oficialmente a doação dos primeiros chips e do sofware (programa de computador) que permitirá o monitoramento de cães e gatos. A indicação para a doação aconteceu na realização do 1.º Fórum de Controle da População de Cães e Gatos do Estado de São Paulo, realizado em outubro, em São Paulo.

Na ocasião, o município ganhou 15 transponders (microchips) , um leitor de microchips, um sofware para cadastramento de animais, além dos aplicadores. A Prefeitura, em contrapartida, adquiriu mais 750 chips e 50 aplicadores para iniciar o processo de colocação dos transponders nos animais.

Com o computador e o software instalados, será possível elaborar um banco de dados contendo as características dos animais e as informações sobre seus proprietários.

Os aplicadores, segundo Victória, são parecidos com uma seringa (em tamanho grande), que permite colocar os microchips (do tamanho de um grão de arroz) sob a pele dos animais.

O microchip ou transponder vai carregar um número de identificação que será emitido via rádio quando os técnicos passarem o aparelho identificador (leitor) sobre a pele do animal. De posse desse número, será possível conhecer todos os dados, já cadastrados no computador, referentes ao animal
e seu proprietário.

"A intenção é identificar o animal e o proprietário, podendo
responsabilizá -lo em caso de eventual abandono ou maltratos. Esse é mais um passo importante dentro da posse responsável", ressalta Peres.

Os microchips e leitores são fabricados por uma empresa de São Carlos denominada Animal Tag. Segundo Victória, cada microchip pode custar R$ 10,00 (não esterilizados) ou R$ 15,00 (esterilizados).

"Nós recebemos os kits a granel, que vêm em uma caixa com várias unidades e nós esterelizamos eles aqui antes de usar", diz.

O veterinário explica que o Canil Municipal doa, em média, entre 60 a 70 animais por mês e que todos eles serão "chipados" a partir de fevereiro.

"A identificação vai ser feita gradativamente. Em princípio, nós vamos trabalhar com os animais que saírem do canil adotados. Com o andar do programa, nós pretendemos registrar todos os animais do município", revela.

Victória acredita que Botucatu será a primeira cidade da região a
implantar este tipo de projeto. "Até onde sabemos, a Prefeitura de Botucatu é pioneira em fazer isso. Apenas municípios maiores, como Guarulhos, Mogi das Cruzes e São Paulo (para citar alguns), possuem este programa", conclui.



Fonte: Jornal da Cidade