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Aves domésticas ajudam a coibir o tráfico de silvestres

Editoria: Vininha F. Carvalho 27/01/2012

A criação de aves domésticas legalizadas é uma das maneiras mais simples de se coibir o tráfico de aves silvestres. “Criar é preservar” é o lema defendido pela Federação Ornitológica do Brasil (FOB), que reúne criadores de aves domésticas associados a clubes de diversos Estados brasileiros.

De acordo com Guido Nardi, vice-presidente da FOB, a criação de aves domésticas pode representar a salvação algumas espécies silvestres, como é o caso do mutum e do canário-da-terra.

“Por que vamos retirar uma ave silvestre da natureza se já temos outras espécies domesticadas que reproduzem há gerações? Se tivermos mais aves domesticadas, teremos mais silvestres livres. Isso pode coibir o tráfico”, diz.

Entre os tipos de aves domésticas criados pelos associados à FOB estão periquitos ondulados australianos, psitacídeos, agapornis, aves exóticas e canários.

Em 2011, a FOB conseguiu junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a aprovação da Instrução Normativa nº 3. Ela determina que todas as aves domésticas exóticas estrangeiras criadas em cativeiro devem ser identificadas por anilhas.

Com a normatização, a tendência é de que os criadores de aves silvestres, atividade legalizada no Brasil com ressalvas, passem a ser criadores de aves domésticas exóticas, colaborando desta maneira para a diminuição do tráfico.

“As aves domésticas evitam a caça de aves silvestres. Nossa expectativa é de que diversos criadores saiam da clandestinidade e colaborem para a redução do tráfico e do contrabando de aves nativas”, explica Nardi.

As anilhas são uma espécie de RG das aves criadas legalmente. “O tempo e os cuidados que a maioria dos criadores dedica às suas criações podem representar a salvação de diversas espécies em extinção”, complementa o vice-presidente da FOB.



Fonte: Gislene Rosa