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Conferência do Ano Internacional da Biodiversidade fez balanço das ações de 2010 e avaliou desafios para o desenvolvimento sustentável

Editoria: Vininha F. Carvalho 10/12/2010

A Mesa I da Conferência do Ano Internacional da Biodiversidade, que aconteceu no dia 23 de novembro na A Hebraica em São Paulo, teve início com o pronunciamento da gerente de biodiversidade da Vale, Giane Zimmer.

Giane frizou a importância do Ano Internacional da Biodiversidade e apresentou as iniciativas alinhadas à sustentabilidade promovidas pela empresa.

A proteção de biomas nativos, especialmente na região de Carajás e o monitoramento de incêndios por satélite, são algumas das ações, além de estudo das biodiversidades locais e capacitação técnica.

“A Vale possui a II maior reserva natural da mata atlântica tabuleiro, com mais de três mil espécies vegetais, 97 espécies descobertas e dois novos gêneros botânicos”, completa.
Em seguida, Maxwell Gomera, Vice diretor do Centro de UNEP, faz um balanço de 2010 em relação à conservação da biodiversidade e considera: “em 2010 aumentamos o conhecimento dos problemas ambientais e das soluções disponíveis a nós. A convenção em Nagoya, por exemplo, resultou em uma estrutura que cria oportunidades de negócios envolvidos com a biodiversidade”.

Segundo ele, o ano foi produtivo, mas exige ainda mais esforços, especialmente com a proximidade da Rio+20.

Helena Boniatti Pavesa, Cordenadora Regional América Latina e Caribe da UNEP – World Conservation Monitoring Center, abordou a Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade, dando grande destaque ao TEEB, um relatório para tomadores de decisões que tem por objetivo a compreensão do real valor econômico dos ecossistemas.

“Um estudo mostra que 53% dos CEO´s das empresas da América Latina já estão preocupados com os impactos da biodiversidade nos negócios”, declara.

Jonas Rabinovich, Conselheiro Inter-regional de Governança e Políticas Públicas do DESA – Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, complementou a discussão ao questionar quando a nossa economia verde irá amadurecer. “Isso só acontecerá com o amadurecimento da governança global, com a criação de uma ÁGORA para o desenvolvimento sustentável”, avalia.

Daniela Suarez, Diretora do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, deu continuidade à apresentação alertando para as mudanças climáticas que vem ocorrendo devido a perda da biodiversidade.

Segundo ela as principais ações realizadas para se evitar o problema são o monitoramento e o investimento em áreas protegidas.

“O plano estratégico de 2011 até 2020 é levar ao setor privado e governo a importância da preservação da biodiversidade”, revela.
De acordo com Thomas Lovejoy, conselheiro chefe da Biodiversidade do Heinz Cof Economics of Ecosystems do Banco Mundial (Washington), as metas propostas até agora para a preservação da biodiversidade não foram atingidas, apesar do grande avanço na convenção em Nagoya.

“Temos que pensar a biodiversidade como um sistema global e não isolado”, pondera o especialista.

Paulino Franco, chefe de Divisão do Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, trouxe o ponto de vista diplomático do tema ao avaliar a importância do protocolo ABS (Access Benefici Sharing) firmado em Nagoya para preencher as lacunas existentes entre as diversas legislações das nações para acesso e repartição de recursos genéticos.

Fonte: Instituto Humanitare