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Depois de 17 anos, Refúgio Biológico comemora nascimento de uma anta

Editoria: Vininha F. Carvalho 11/06/2010

Nos cálculos do tratador de animais Dirceu Soares, do Refúgio Biológico Bela Vista, Zefa, uma das antas fêmeas do RBV traria ao mundo mais um filhote neste mês de junho. O olhar atento de quem mexe com os bichos todos os dias estava certo. No último domingo (6/6), o Refúgio comemorou o primeiro nascimento de mais uma anta depois de 17 anos. Ainda sem nome, o filhote - uma fêmea - aumenta para seis exemplares o plantel de antas do RBV.

Com poucos dias de vida, a antinha vive junto com a mãe. Com ela, chega a seis exemplares o plantel de antas do Refúgio Biológico. Animal que, no Paraná, está em perigo de extinção (pela ação dos caçadores), a anta (Tapirus terrestris) é uma das espécies nas quais os profissionais de fauna da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD) investem na reprodução. Para isso, buscaram Zefa, a mãe, do zoológico de Ilha Solteira, em São Paulo.

“Para fazer os cruzamentos, procuramos animais da mesma bacia hidrográfica”, conta o biólogo Marcos José de Oliveira. Zefa fez casal com Pimpolho, uma das últimas antas nascidas no refúgio.

Com poucos dias de vida, o filhote fica o tempo todo ao lado da mãe. O manejo dos profissionais do refúgio é próximo, mas exige muito cuidado. Embora em cativeiro a anta seja um animal dócil, mãe é mãe. A nova anta será amamentada pelos próximos seis meses e, quando adulta, com um ano e meio a dois anos, terá idade suficiente para também ser mamãe.

Os profissionais da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD) estão em festa. Reprodução da anta é um dos objetivos do setor de fauna do RBV.


As antas do RBV:

Embora caçula, a anta recém-nascida não é o único filhote do RBV. Em abril, o refúgio adotou uma anta com três meses de idade, que foi encontrada em uma chácara próxima ao Parque Nacional do Iguaçu, pronta para ser atacada por cães. Nina foi batizada pelos leitores do JIE – o mesmo vai acontecer com a nova anta.

Para fechar o plantel do RBV, o outro casal é Margarida (irmã de Pimpolho) e Robinho, que também foi resgatado de uma chácara. Ele vivia em um galinheiro e chegou no refúgio tomado por infecções entre as unhas. Mas agora passa bem e pode até ser papai. Suspeita-se que Margarida esteja prenha. São grandes as chances de o plantel do RBV aumentar e de surgir mais uma nova, e feliz, família de antas.

Fonte: Itaipu Binacional