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Ministro Carlos Minc abre 29ª temporada reprodutiva de tartarugas marinhas na Praia do Forte

Editoria: Vininha F. Carvalho 05/09/2008

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acompanhado do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, abre nesta sexta-feira (5), a partir das 9h, na sede do Tamar, na Praia do Forte, em Salvador (BA), a 29ª temporada reprodutiva de tartarugas marinhas, coordenada pelo centro especializado do ICMBio.

Na ocasião o ministro irá conhecer as sedes do Tamar e do Baleia Jubarte, projetos do ICMBio, que contam com recursos do Instituto Chico Mendes e patrocínio da Petrobras. Minc fará, ainda, a soltura de filhotes de tartarugas marinhas, marcando a abertura oficial da temporada 2008/2009, e saída de barco, para conferir como se dá o turismo de observação de baleias jubarte na costa do litoral norte baiano.

A expectativa é que sejam protegidas mais de 12 mil desovas e liberados ao mar cerca de um milhão de filhotes das cinco espécies que ocorrem na costa brasileira nesta temporada que se inicia agora (2008/2009). Entre as espécies protegidas estão as tartarugas cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea), de couro (Dermochelys coriacea) e verde (Chelonia mydas).

RESULTADOS:

Na 29ª temporada reprodutiva, estima-se superar o recorde de desovas no continente na última temporada, com quase 12 mil ninhos protegidos. Para isso, o Tamar atuará em 14 bases de proteção das áreas de desova, monitorando mais de 900 km de praias, espalhados pelos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte.

A temporada vai contar ainda com o funcionamento pleno do Sitamar (Sistema de Informação sobre Tartarugas Marinhas), que agilizará a obtenção de informações sobre o andamento e resultados das atividades de proteção das tartarugas marinhas. O sistema permite ainda, por meio da interface webgis, a confecção e disponibilização de mapas temáticos para usuários internos, externos e parceiros.

Segundo o coordenador nacional do Tamar, o oceanógrafo Guy Marcovaldi, o monitoramento envolve o trabalho direto de técnicos, pescadores, estagiários e agentes locais nas atividades de proteção às fêmeas de tartarugas marinhas e suas desovas. Segundo estudos e pesquisas realizados pelo Tamar nos últimos 15 anos, as populações de quatro espécies (cabeçuda, oliva, verde e de pente) das cinco que ocorrem no Brasil começam a se recuperar, e as populações de tartarugas verde vêm se mantendo estáveis.

Mesmo com os resultados positivos, as tartarugas marinhas continuam na lista dos animais em risco de extinção. As populações sofrem ameaças, principalmente advindas da captura incidental pela pesca artesanal ou industrial, e do desenvolvimento urbano desordenado, ao longo do litoral brasileiro. “Ainda há muito o que fazer, e temos que continuar trabalhando duro”, adverte Marcovaldi.

Fonte: Ascom ICMBio – Sandra Tavares