Editoria: Vininha F. Carvalho 03/08/2005
Brad Jackson podava seu gramado numa manhã de sábado quando
recebeu um telefonema sobre um homem que agonizava em conseqüência de um doença renal no hospital Marquette General de Michigan. O paciente havia pedido como última vontade que Jackson trouxesse seu cão Boomer, um labrador de cor chocolate, o visitasse.
Assim Jackson trouxe Boomer, que acompanhou o homem até o final.
"Ele parecia estar em paz. Os animais têm capacidades que algumas
vezes são maiores do que esperamos",disse Jackson, fisioterapeuta e diretor de terapia assistida com animais no Hospital Marquette e também criador do programa chamado "Projeto de Terapia com Cães para o Alto Michigan".
A terapia com animais começou na década de 60 e atualmente é
amplamente aceita. A fotógrafa e escritora Renee Lamm Esordi capturou a beleza dessa relação especial entre o homem e os animais em seu livro "You Have a Visitor: Observations on Pet Visitation and Therapy" (Você tem visita: Observações sobre Visitas e Terapias com Animais).
Com esse objetivo, Esordi acompanhou os animais e seus donos em
asilos de idosos, hospitais infantis e unidades psiquiátricas.
Esordi recorda o encontro em um asilo de New Hampshire entre um
senhor de idade e Brownie, uma cadela labrador de cor negra. O senhor havia sofrido uma embolia e não conseguia mais falar.
Mas nessa ocasião, simpatizou tanto com Brownie que acabou tocando algumas canções no piano, enquanto a cachorrinha olhava com atenção as mãos dele correndo pelo teclado.
"Pude ver lágrimas em seus olhos", recorda Esordi.
A terapia com animais tem êxito, disse Jackson, devido ao amor
incondicional do animal.
"Nunca julgam e as pessoas sabem disso. Há um elo entre o paciente e o animal que não pode ser igualado nem pelo
melhor terapeuta", diz ele.
